domingo, 14 de março de 2010

Toda hora, todo momento.

Deitada na grama, deixando o sol de inverno aquecer sua pele, e ouvindo sua música preferida ela se sentia realizada. Só faltava mais uma coisa para sua vida se tornar perfeita.
Sombra. Depois sol de novo. Assustada, ela abriu os olhos e viu a criatura mais bonita que já tinha visto em toda a sua vida. Parecia um anjo, com os cabelos morenos rebeldes e desarrumados ao vento, os olhos castanhos com o brilho inocente de uma criança que acabou de ganhar um doce, e o sol iluminando seu rosto. Não faltava mais nada. Agora ela estava completa.
- O que você faz aqui, deitada sozinha na grama ?
- Não estou mais sozinha. :)
Ele se deitou ao lado dela, os braços se tocando e o calor da pele dele irradiando para a pele dela.
Com os olhos fechados e passados alguns minutos, ele disse:
- Você ainda não respondeu a minha pergunta. O que você faz aqui ? É um lugar deserto, sem nada pra fazer ou alguém pra conversar.
- Hmm. Eu venho aqui pra pensar, sonhar, não fazer nada...
- E como você conhece aqui ? É tipo, lugar nenhum, no meio do nada...
- Minha família costumava vim aqui, fazer um piquenique. Era a única vez na semana que nós ficávamos juntos. Na época eu nem ligava, mas hoje faz tanta falta...
- Por quê ?
- Argh, não quero falar desse assunto. Não gosto de falar da minha família. Aliás, você disse que é um lugar deserto, no meio do nada; então como você me achou aqui ?
- Você é tão misteriosa... Queria descobrir tudo sobre você, e eu te segui. :S
- Não, aí não teria mais graça. É bom as pessoas estarem intrigadas com você. É como se fosse a história das 1001 noites, mas sem fim. - Ela decidiu deixar quieto o fato de que ele a seguiu. Seria pelo bem da conversa.
- Nossa, acho que eu nunca tinha visto você falar tanto ! hahaha
- Ahh, é porque nós nunca tivemos muita chance de conversar... =/ faz esquecer !
- Hmm, isso é bem verdade. E pq não tentamos nos conhecer realmente agora ?
- Acho que seria uma boa idéia. (:
E assim, eles passaram a tarde inteeeeeeira conversando e se conhecendo, até que chegou a noite. Ela precisava ir pra casa, mas não queria. E ele não queria deixá-la. Pelo menos, não que ela precisasse ver que ele estaria com ela em qualquer lugar, a todo momento.

Mas ela sentia a presença dele. Em qualquer lugar. A todo momento

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