sábado, 28 de julho de 2012

Advices: NO MORE!

Ando extremamente de saco cheio de algumas frases prontas, que algumas pessoas fazem por acharem que sabem alguma coisa da vida.
Longe de mim falar que entendo, mas pelo menos não fico tentando ensinar lições erradas e falar merda pra quem tem o cérebro do tamanho de um alfinete e vai por elas, e depois se fode.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

‎"Deixe as coisas que ama livres, se voltarem é porque são suas, se não é porque nunca as possuiu." -- Nem tudo que volta, é seu; nem tudo que é seu, volta.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Às 4h da manhã, ela caminhava sem sono pela casa mal iluminada. Tropeçava nos móveis, mas nem ligava. A dor interna que sentia era suficiente para aplacar qualquer mínima dor física que viesse a sentir.
Um feixe de luz entrou pela janela, e iluminou seu pulso. Ainda cicatrizando lentamente. Um puxão forte no estômago, sem comida, e ela começou a tossir. Quando voltou a si, percebeu que tinha sangue nas mãos. Deveria ter se sentido preocupada, mas nem ligou direito. Foi até o banheiro lavar as mãos e percebeu que era de sua boca que saía o sangue. Lavou o rosto, e assim a moça do espelho começou a conversar com ela. A moça era bonita, mais velha, e tinha um rosto cheio de coragem e atitude. Disse-lhe que queria poder ter sobrevivido, e que fez de tudo para isso, mas não conseguia aguentar mais. Continuou, falando que ela era forte o suficiente para aguentar isso e muito mais, que estava por vir, e continuar firme, ao contrário de se entregar, do jeito que estava fazendo. A dor era forte, profunda e não parecia se curar nunca. E a moça entendia perfeitamente, mas explicou que se não fosse pela dor, ela jamais aprenderia e não seria tão forte quanto é.
Ela tentou responder, mas quando foi abrir a boca, a moça do espelho foi-se embora e deixou apenas seu reflexo doentio para ela contemplar. Foi até a cozinha, tomar um copo de água com açúcar mas seu estômago rejeitou veementemente, fazendo-a jogar tudo fora na pia, junto com mais uma leva de sangue.
Não aguentou e deixou-se cair no chão da cozinha. Abraçou os joelhos e chorou. Chorou, chorou, chorou. Chorou até quase cuspir os pulmões. Não conseguia parar. Não tinha mais forças para se levantar e continuar.
A moça estava errada. Ela era fraca. Fraca, sonsa, idiota, vulnerável. 
Seu telefone começou a tocar. Deixou tocando, até cair na caixa postal. Era um recado de seu pai, pedindo que ela voltasse para casa assim que pudesse. Ele estava com saudades.
Decidiu se levantar e aguentar um pouco mais.
Gastou 1h30 de viagem de volta para casa de seu pai, e assim que chegou descobriu que ele estava internado em estado grave.
Ele estava 'dormindo' tranquilamente, acompanhado de alguns monitores, sua namorada e um bilhete ao seu lado.
'Mamãe falou comigo durante meu 'sono', pediu-me que te dissesse para você ser forte, e que ela mesma iria tentar falar com você.'








PS.: perdoem-me pelo final meio sem nexo. Ele acabou ficando extremamente pessoal, e estou sem condições de terminá-lo.