quinta-feira, 16 de maio de 2013


     E a dor que ela sentia era brutal. Rasgava de dentro para fora, por cada órgão e ao mesmo tempo, em nenhum. Ela se arranhava por inteiro, sufocava em seu próprio choro e engasgava em seu próprio grito de agonia.
     A cabeça batia contra a parede fortemente. O chão, respingado de sangue. E a dor não cessava. Continuava ardendo, queimando, atritando, batendo e não importava o que fizesse, ela não sentia a dor física.
     Sem forças para lutar mais, se deixou cair no chão, em meio ao sangue e vidros quebrados. Ficou encarando o teto por minutos. Ou horas? Já não importava mais. Cansou de se debater. Perdera os motivos pelos quais lutava diariamente.



     Deixou-se afogar na inconsciência do momento – a dor cessou –, e não acordou mais.