quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Poluição

Tic tac. Vrum. Biibiiiiiii. Shhhhhhhhhhhhh. Atchuuuuuuuuuuuum. Fiu fiu fiu. Alô? Tique taque. Nossa, nossa... Triiiiiim. Tick tick. Flop flop flop. Ahhhhhh.Tique taque. Burp. Splash. BUM. Crash. Crick crick. Scratch scratch. Tic Tac. Puuup. Clap clap. Grrrrrr. Bang! Tic tac. Atchim. Aiai. Hmmm. Ooooops. Nhec nhec nhec. Buááá. Smack smack. Tchbum. Tique taque.

Toda essa poluição, tá enchendo meu nariz, meus olhos, meus ouvidos. Me deixando com uma dor de cabeça insuportável. Chega de viver assim, na correria, no meio de sujeira de tudo quanto é tipo.
Tome consciência dos seus atos. Lixo no lugar certo, abra a boca na hora certa.
Respeite os outros. Mas antes disso, se respeite.
É o único jeito de tentar salvar alguma coisa desse mundinho nojento. Antes que alguém, com muita dor de cabeça, estoure ou quebre alguma coisa por conta disso.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Eduardo & Mônica.

O3 de março de 1993 - 10h3O
Mal começou o dia e ela já estava cansada de tanto correr. O café que ela segurava na mão, já gelado, estava cheio ainda. Ela estava parada no farol e ia bebericar seu café, quando seu celular - que estava no banco ao seu lado - tocou.

O7 de março de 1993 - 17h44
Pelo vidro da cafeteria, via-se que ela estava corada enquanto ele continuava falando. Entre meias palavras, ele segurou a mão dela em cima da mesa. Ela olhou no fundo dos olhos dele e sorriu.

O7 de fevereiro de 1996 - 22h27
A valsa enchia o ambiente, enquanto ela de branco, girava com ele de preto ao redor do salão, num círculo envolto por convidados celebrando a felicidade alheia.

O4 de abril de 1996 - 19h28
Esvaziavam o porta-malas do carro, entrando na casa nova pela primeira vez, daquele jeito que se pertenciam. Ele levando ela no colo.


14 de janeiro de 1997 - O1h39
Saíram com o carro cantando pneu, rumo à maternidade. Eram gêmeos.

25 de janeiro de 1997 - OOhOO
O primeiro Natal com a família completa. O primeiro de inúmeros.

O1 de janeiro de 2OOO - O1hOO
E mais um ano começa. E tudo caminha como deve, na mais perfeita ordem.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fine

Eu estou bem.
Não, não está.
Eu estou muito bem.
De novo?
Eu estou bem...
Ah, fala sério! Vc realmente se convenceu?
Eu estou perfeitamente bem.
Olhe bem para você mesma.
Eu estou bem.
Ainda tentando se convencer?
Eu estou ótima.
Ah, tudo bem. A esperança é a última que morre mesmo.
É sério.
Tique-taque, tique-taque. Os minutos estão correndo.
Por que é tão difícil assim de acreditar?
Porque EU não acredito?!
Eu juro que não aconteceu nada.
Ah, e como você explica essas marcas no seu pulso?
Passou já.
Elas parecem bem recentes pra mim...
Não dói mais...
...diria 1 hora ou 2 atrás, no máximo.
Não sinto mais nada.
Ah, tá. Agora explica essa gota escorrendo do seu rosto...
Eu estou bem.
Você é patética. A gente está há meia hora nisso e você nem se convenceu ainda. Tá querendo enganar quem?
É isso. Eu estou bem.
Não importa quantas vezes você repetir a mesma mentira, ela não vai se tornar verdade.
Chega. Eu não preciso disso.
Você sabe que precisa.
Não, eu não preciso.
Não tem como nos separar.
Tem sim.
Ah, sua idiota. Eu e você somos uma só.
Cala a boca.
Aí, que mediiiinho! --'
Eu cansei de você.
Como se fosse fácil assim se livrar de mim! HAHAHA' pera aí, o que você tá pensando? Solta isso sua babaca!
NÃOO!






Um objeto foi lançado em sua direção. De encontro a ele mesmo. O objeto e ela se chocaram num estardalhaço de pedaços de vidro estilhaçado. O silêncio reinou por todo o quarto.