segunda-feira, 31 de maio de 2010

Nightmares

Ela se virava de um lado para o outro na cama. Dormia um sono agitado, até que um baque surdo em seu sonho a acordou. Seu corpo suava frio e seu coração batia 2x mais rápido que o normal.
O relógio da sala soou três vezes, indicando que já eram 3hs da manhã. Um enjôo repentino veio como um soco forte em seu estômago. Ela abriu a janela, deixando a brisa fria da noite refrescar seu corpo e a luz da lua cheia encher seu quarto.
Com certa dificuldade de se manter em pé sem apoio, pois ainda estava sonolenta e o efeito do álcool não tinha passado por inteiro, ela foi até o banheiro lavar o rosto.
Um par de olhos frustrados a encarou. E com isso, uma nova ideia estúpida. Voltou correndo e se jogou na cama esticando os braços para alcançar o celular do outro lado, no criado-mudo.
Digitou rapidamente o número dele, e esperou pacientemente ele atender com voz de sono. E então sussurrou:
'Eu te amo, mas não posso mais viver na sombra. Enquanto você se diverte com ela, eu sofro em silêncio por você. Você me prometeu que nunca me deixaria, mas ao contrário de você, eu não fiz juras em vão. Adeus Léo.'
Com uma última e solitária lágrima, ela desligou o telefone sem nem deixar tempo para ele falar, e se afogou na inconsciência de um sono profundo. Finalmente, livre de pesadelos.

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