E a dor que ela sentia era brutal. Rasgava de dentro para
fora, por cada órgão e ao mesmo tempo, em nenhum. Ela se arranhava por inteiro,
sufocava em seu próprio choro e engasgava em seu próprio grito de agonia.
A cabeça batia contra a parede fortemente. O chão,
respingado de sangue. E a dor não cessava. Continuava ardendo, queimando,
atritando, batendo e não importava o que fizesse, ela não sentia a dor física.
Sem forças para lutar mais, se deixou cair no chão, em meio
ao sangue e vidros quebrados. Ficou encarando o teto por minutos. Ou horas? Já
não importava mais. Cansou de se debater. Perdera os motivos pelos quais lutava
diariamente.
Deixou-se afogar na inconsciência do momento – a dor cessou –,
e não acordou mais.
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