quinta-feira, 4 de março de 2010

Um anjo que caiu do céu de chapéu. :D

As luzes coloridas refletiam no globo espelhado, a música agitada fazia as pessoas gritarem para serem ouvidas enquanto seus corpos se mexiam no ritmo das batidas ensurdecedoras.
Ela estava aproveitando o maximo que pudia daquela festa, porque ela merecia um descanso de todo aquele tempo passado em casa, estudando. Ela, suas amigas e mais alguns amigos formavam uma rodinha onde sempre tinha espaço para mais um se juntar a eles.
Outra música começa. Stereo Love é a nova batida, sua música preferida. Logo no começo da música, ao som do baixo, um estranho passou ao lado dela. E passou tão perto que ela podia sentir a a respiração quente e ofegante dele em seu pescoço. Seus olhos se encontraram na mesma fração de segundo. E por um momento, nada mais existia senão os dois. Os olhos dele eram de um azul lindo, como se tivessem pego a cor do azul do mar e colocado em seus olhos. Eles também mostravam melancolia. Ele estava triste e ela queria abraçá-lo, confortá-lo e dizer pra ele não ficar triste, que no final ia dar tudo certo.
Mas ela nem conhecia ele, como ia abraçá-lo ?! Nem sabia se ele estava realmente triste ou se era apenas impressão dela... E como assim, abraçá-lo ?! Isso era loucura, era coisa da cabeça dela, só pudia ser.
Uma de suas amigas bateu sem querer em seu braço e ela se assustou. Desviou os olhos dele por menos de 1 segundo, e ele se foi. Sumiu no meio da multidão de dançarinos e dançarinas.
Ninguem mais pareceu ter notado aquele estranho, nem que ele e ela se conectaram de uma forma tão magica, nem que o tempo parou enquanto isso tudo acontecia.
Ele não saiu da cabeça dela o resto da noite. Mesmo quando ela foi pra casa dormir, ela sonhou com ele.
Era um sonho um tanto quanto bizarro. Ela sonhou que estava em uma biblioteca, vendo um livro na seção F, e que tinha uma foto desse estranho que ela 'encontrou' na festa. O mais bizarro é que nesse livro, tinham duas datas: uma do nascimento, e outra da morte dele. Seu nome era Miguel Riddle, e ao que tudo indicava, ele tinha morrido aos 17 anos. Mesma idade que ela tem agora. Ainda no sonho, ela fechou o livro e viu o título: Família de Fundadores da Cidade.
Depois de uma noite atordoada e mal dormida, se virando para todos os lados, Leticia decidiu se levantar e ir tomar café. Pensou em ir à biblioteca, mas era domingo de manhã. Ficou brava por ter que esperar até segunda-feira para ir pesquisar.
Parece que demorou uma eternidade para chegar segunda. E com a ansiedade que ela estava, decidiu passar na biblioteca antes da aula mesmo. Entrou atropelando quem estivesse na sua frente, e parou só quando chegou na sessão F, e achou o livro de seu sonho.
Para seu espanto, era tudo real. Era como se ela já tivesse lido esse livro, e no seu sonho, sua mente só a lembrou de que ela já tinha visto. Incrédula e mais atordoada que nunca, decidiu ir para a escola e falar com suas amigas.
Chegou na segunda aula, logo quando bateu o sinal. Subiu como se tivesse um motor nos pés, para chegar mais rápido. Ela entrou na sala correndo e tão afobada, que nem percebeu que a professora ainda não tinha saído.
- Leticia, seja educada e venha se apresentar ao nosso novo aluno - disse a professora.
- Que aluno nov... ? - ela não conseguiu terminar a frase. O cara misterioso, e morto do livro, estava sentado ali. A encarando com um sorriso nos lábios e a mão estendida, ele disse:
- Miguel Riddle, muito prazer.


Texto e título em homenagem à Bia Greco, :D

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