terça-feira, 28 de setembro de 2010

Era uma tarde gostosa, daquelas de primavera... Onde o chão é coberto por um tapete de folhas e flores das mais variadas cores e tamanhos, e o vento sopra quente no rosto, e brinca com os cabelos de todos.
Tinha uma pracinha na frente de casa, e eu sempre ficava na janela vendo as crianças brincando com os pais, os pais andando, alguns fazendo caminhada, outros só andando, os velhinhos andando de mãos entrelaçadas, os jovens namorando... Mas naquela tarde, um casal em especial, me chamou a atenção.
ELE era alto e magro, mas tinha os ombros largos e um cabelo preto, que o fazia parecer uma calopsita, mas ainda assim, era muito bonito. Tinha os olhos castanhos brilhantes, e se via de longe que ele estava apaixonado pela menina de cabelos castanhos desgrenhados, que segurava a mão dele. ELA era baixinha o suficiente pra bater no ombro dele e era visível um sorriso largo no rosto dela. Os olhos castanhos brilhantes também se mostravam apaixonados, acompanhados por olheiras, marca registrada de uma noite mal dormida.
Os minutos se passavam, as horas se arrastavam, e eles continuavam sentados no banquinho iluminado pelo sol de fim de tarde. Eles não pareciam ter noção nenhuma de horário, porque o tempo corria, mas eles não pareciam se incomodar em ir embora, ou mesmo se moverem mais do que um centímetro longe do outro.
Os olhos dele não deixavam os olhos dela, mas ela abaixava os olhos frequentemente, corando talvez, por ele ter dito algo romântico... Entre uma frase dele e algumas palavras dela, os lábios deles roçavam e demonstravam o amor físico deles.
Não sei por quanto tempo eu os observei, mas todos que passavam por eles, olhavam e sorriam. Qualquer um perceberia que eles não só combinam, como parece que Alguém os desenhou feito um para o outro.

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